Roteiro turístico para os amantes de chimarrão
O roteiro Caminhos do Mate
começa no Hotel Dom Leopoldo, um dos organizadores da rota, de onde partem as
visitas a atrações turísticas como a Igreja Matriz São Mateus e
o Chimarródromo —
um espaço para rodas de chimarrão instalado na praça central da cidade
Além de atrativos
históricos ligados à produção de erva-mate, à colonização e à imigração, o
passeio inclui uma visita à Ervateira Baronesa, também responsável pela criação
do Caminhos do Mate. Lá serão apresentados ervais certificados com Indicação de
Procedência — IG-Mathe, a
primeira indicação geográfica para erva-mate no país, que reconhece produto da
região a exemplo do que fazem as certificações do Vale dos Vinhedos no Rio
Grande do Sul e da cachaça de Salinas em Minas Gerais. Ligação com o mate
A ideia é promover o
passeio aliado a eventos do calendário de São Mateus do Sul. “As pessoas poderão fazer turismo rural, conhecer uma cidade de
interior, provar o produto e também levar para casa o melhor chimarrão do
país.”
A historiadora Hilda
Dalcomuni, responsável pelas visitas guiadas do passeio Caminhos do Mate,
explica que a erva-mate estava na região antes mesmo dos primeiros
colonizadores de São Mateus do Sul. “Não tem como pensar o município sem a
erva-mate”, explica. “Diferentemente dos ciclos do gado, da madeira e da
navegação fluvial, que tiveram início, meio e fim, o ciclo da erva-mate
continuou. É passado, presente e futuro de São Mateus do Sul.”
Conheça os pontos principais do passeio:
A praça era o antigo
porto de São Mateus do Sul, onde a cidade começou. O principal atrativo é o
vapor Pery, que percorreu as águas do Rio Iguaçu entre os anos 1930 e os anos
1950 e foi restaurado como monumento nos anos 1990.
Trata-se de uma residência particular de mais de cem anos,
tombada como patrimônio histórico por ser uma das casas mais antigas da cidade.
Construída nos anos
1960, em estilo gótico, é a principal igreja de São Mateus. “Ela tem uma torre
de 70 metros de altura, pinturas no interior e o próprio edifício é uma obra de
arte”, explica a historiadora Hilda Dalcomuni, responsável pelas visitas guiadas
do Caminhos do Mate.
- Igreja centenária da Água Branca
Igreja centenária da Água branca,
comunidade a cerca de 12 quilômetros de São Mateus do Sul, é um reduto da
cultura polonesa na região. “Ali, ainda se fala muito a língua e se mantêm
muito da cultura e da tradição polonesa, que foi a principal leva migratória da
região no século 19”, conta a historiadora.
Inaugurado no fim de
2015, foi pensado como um espaço de lazer no Centro para incentivar os
moradores a se reunirem para rodas de chimarrão.
O reservatório de água
da cidade foi construído em forma de cuia de chimarrão em 1967 e virou cartão
postal de São Mateus do Sul. “Ela tem 23 metros de altura, pode ser vista de
toda a cidade. Simboliza, para nós, uma de nossas maiores riquezas”, diz Hilda.
- Igreja Ucraniana de Antonio Olinto
O templo ucraniano
centenário inspirado na arquitetura bizantina se tornou o Santuário de Nossa
Senhora dos Corais, padroeira dos ucranianos. A paróquia fica em Antonio
Olinto, a 37 quilômetros de São Mateus, atrai fiéis de todo o Brasil.